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Impacto da Faturação Eletrónica no Setor Público e Operadores Económicos

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Impacto da Faturação Eletrónica no Setor Público e Operadores Económicos

 

A faturação eletrónica não é apenas uma transição para o digital, é também uma solução que proporciona novas oportunidades de crescimento para as empresas que a adotam.

 

A entrada em vigor da obrigatoriedade da faturação eletrónica na grande maioria dos estados membros da UE – sobretudo no âmbito do setor público (B2G) e contratos públicos, mas também já aplicada ao setor privado (B2B) – não é apenas uma tendência, mas cada vez mais uma realidade transversal ao mercado europeu.

 

A competitividade das empresas mede-se por vários factores, entre os quais o da eficiência de processos e a capacidade de cumprir com os requisitos legais e de negócio nos diversos mercados onde operam, junto dos diferentes parceiros e segmentos de clientes com que se relacionam.

 

Além das forças cada vez mais impostas pelos governos, com a óbvia motivação de reduzirem a fuga ao fisco e aumentarem o sucesso na cobrança de impostos nos respetivos países, também as grandes organizações impõem cada vez mais a faturação eletrónica como requisito mínimo junto dos seus fornecedores, prática já habitual desde há vários anos em setores como o retalho ou utilities.

 

Porque deve implementar uma solução de faturação eletrónica?

 

A implementação de uma solução de faturação eletrónica é uma medida catalisadora do processo de transformação digital, processual e funcional, trazendo para a mesa a automatização e otimização das componentes de despesas e receitas de uma empresa, assim como a aceleração da desmaterialização dos processos de negócio.

 

O enquadramento legal obriga ainda a que no âmbito dos contratos públicos as empresas utilizem este tipo de solução para a faturação junto dos seus clientes. Por esse motivo assistiu-se – sobretudo nos últimos dois anos e por parte dos softwares de faturação certificados em Portugal e respetivos agentes e parceiros integradores – a uma adoção desta solução que passou assim a estar integrada na maioria destes softwares, de forma praticamente nativa e de rápido acesso para qualquer empresa cliente, contribuindo para a democratização da faturação eletrónica junto de todo o tecido empresarial – PME e micro empresas em particular.

 

Através desta evidente democratização da faturação eletrónica criaram-se ainda as bases e condições para uma realidade cada vez mais próxima, a da obrigatoriedade destes requisitos também no âmbito da faturação entre empresas (B2B).

 

Quais as tendências para a faturação eletrónica no espaço europeu?

 

A obrigatoriedade da faturação eletrónica entre empresas (B2B) encontra-se já em vigor em países como Itália e planeada para entrar em vigor até 2025 em países como a Espanha, França ou Polónia, adivinhando-se o mesmo destino para Portugal, em linha aliás com as diretivas europeias que têm vindo a ser publicadas nos útimos anos sobre esta matéria.

 

A mais recente novidade e que promete ser também a mais revolucionária para as empresas europeias é designada de ViDA (ou VAT in the Digital Age).

 

Ainda em disussão mas com o objetivo de ser concretizada até 2028, o ViDA é uma proposta que permitirá aos países da UE usar a tecnologia para melhorar o atual sistema de IVA e melhor prevenir a fraude, o que significará mudanças significativas na forma como as empresas operam no espaço europeu, incluindo a necessidade de reportar todas as transções em tempo real ou no máximo até dois dias úteis após a emissão da fatura.

 

Qual o seu impacto em Entidades Públicas e Operadores Económicos?

 

Apesar dos desafios expectáveis que advêm do período inicial de implementação e adaptação, a fatura eletrónica tem tido um impacto positivo tanto para Entidades Públicas, que passaram a estar abrangidas pela obrigatoriedade da faturação eletrónica para poderem receber e processar faturas, como para Operadores Económicos, sendo que os fornecedores com contratos públicos passam a ter de estar aptos a emitir faturas eletrónicas para Entidades Públicas.

 

  • Quais os benefícios para as Entidades Públicas?

  1. Maior eficiência: a faturação eletrónica permite gerir documentos e pagamentos de forma mais rápida e eficiente, reduzindo a probabilidade de ocorrência de erros. 
  2. Transparência: a capacidade de rastrear transações financeiras é facilitada pela faturação eletrónica, aspeto que contribui tanto para a transparência como para a confiança.
  3. Redução de custos: a remoção de processos manuais e em papel reduz as despesas de gestão e armazenamento de documentos financeiros e comerciais. 
  4. Melhor gestão de dados: a melhoria na gestão e análise de dados permite tomar decisões mais informadas.

 

  • Quais os benefícios para os Operadores Económicos?

  1. Maior eficiência: Ao permitir aos Operadores Económicos emitir e comunicar faturas de forma mais rápida e eficaz, a faturação eletrónica é uma ferramenta que permite gerir melhor as suas operações financeiras.
  2. Aceleração de pagamentos: decorrente da maior eficiência, o processamento de faturas sem erros aliados à integração automatizada de dados entre os sistemas de fornecedores e clientes, permitem a contabilização, aprovação e pagamentos mais céleres.
  3. Redução de custos: A eliminação de processos manuais e em papel resulta em poupanças significativas na gestão de documentos e despesas de armazenamento. 
  4. Melhor relação com os clientes: A faturação eletrónica permite comunicar com os clientes de forma mais rápida, simples e eficaz, o que contribui para aumentar a sua satisfação e, por conseguinte, manter a boa relação entre as partes.

 

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