A Saphety tem realizado vários webinars que se focam na faturação eletrónica e financiamento de faturas nos diferentes setores de atividade.
Para a série de seminários online intitulados Saphety Talks, e organizados pela Saphety em parceria com a IDC, são convidadas diversas personalidades relevantes em áreas tão distintas como Administração Pública, Healthcare, Retalho, Banca ou Utilities.
No webinar dedicado às utilities, em representação do SMAS (Serviços Municipalizados de Água e Saneamento) de Almada, foi entrevistado Rui Arroja, Chefe de Divisão de Projetos e Sistemas de Informação do Departamento de Informática do SMAS de Almada, que começou por destacar que a transformação digital deste serviço tinha começado há 30 anos, aquando do início do processamento de faturação aos primeiros clientes, ainda antes dos sistemas de informação.
Para o chefe do departamento informático, este é um processo contínuo, onde existe uma mudança, adaptação e avaliação constantes que, atualmente, tendo em conta outro contexto e a transformação digital, nos apresentam novas exigências.
Com efeito, o primeiro estudo estratégico sobre sistemas de informação foi feito em 2001 e o mais recente, em 2020. No entanto, aquando da primeira análise (em 2008), a fatura eletrónica já era um objetivo traçado e uma estratégia a adotar pelos serviços municipalizados de Almada, explicou Rui Arroja.
Neste seguimento, foi em 2008 que os SMAS disponibilizaram a fatura eletrónica aos seus clientes que, após análise e evolução, se transforma numa colaboração com a Saphety.
Apesar das novas soluções, Rui Arroja admitiu que existiam no momento algumas limitações na resposta desejada, visto que a taxa de adesão já era maior do que o esperado. Assim sendo, os SMAS de Almada encontram-se atualmente numa fase de atualização de software para responder de forma satisfatória aos pedidos dos clientes.
Para o responsável pela divisão de projetos e sistemas de informação, a resposta às necessidades dos clientes e fornecedores através da fatura eletrónica assume-se como fundamental. Contudo, considera também imperativo o cumprimento dos objetivos estratégicos do serviço, que passam por garantir a sustentabilidade e organização, tendo ainda em conta o impacto ambiental.
Ou seja, utilizando a fatura eletrónica, não só o tempo de processamento do documento é menor, como o cliente receberá a fatura de forma mais rápida, incitando ainda um decréscimo significativo no uso de papel.
Segundo Rui Arroja, se considerarmos uma estatística de 2020, já posterior ao primeiro confinamento devido à pandemia causada pela COVID-19, em apenas um ano é possível evitar a impressão de 60 000 faturas, se tivermos em conta os 26% de clientes que já aderiram à fatura eletrónica. Isto acarreta uma diminuição de recursos naturais e, igualmente, um decréscimo nos custos monetários associados.
Num futuro próximo, o SMAS apostará não só numa eliminação de introdução de dados com uma desmaterialização de processos, mas também numa otimização dos procedimentos e integração dos sistemas de informação, como a fatura eletrónica.
Para além disto, o chefe do departamento informático não esqueceu os projetos que considera fundamentais e que implicam uma realidade virtual e/ou realidade aumentada que trarão uma nova organização digital aos serviços municipalizados.
Embora seja claro o objetivo de chegar aos 100% de adesão à fatura eletrónica, o responsável pela divisão de projetos e sistemas de informação reconheceu que será complicado atingir esse valor devido à população mais envelhecida que nem sempre tem facilidade de interação com as novas tecnologias.
Assim, Rui Arroja considera que a transformação digital dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento de Almada tem sido um processo contínuo, com vários desafios pela frente, e espera que este ano seja um ponto de viragem com a otimização de vários processos, como é o caso da faturação eletrónica.