A Saphety está a realizar um conjunto de webinars acerca da faturação eletrónica e do financiamento de faturas, as Saphety Talks.
Os diferentes seminários online, organizados em parceria com a IDC, pretendem analisar o impacto resultante da transformação digital das empresas e da economia nos diferentes setores de atividade, como Administração Pública, Healthcare, Indústria e Serviços, Retalho, Banca, Setor Público e Utilities.
Neste webinar, relacionado com o setor das utilities, em representação da empresa NOS, foi entrevistado Joaquim José Costa, Head of Billing & Payments.
Analisando a posição da NOS, que já há vários anos começou a transformação digital, Joaquim José Costa fez questão de diferenciar dois segmentos que a empresa serve. Por um lado, existem os fornecedores onde, para além da faturação digital, se verifica a implementação da parte de gestão de compras, notas de crédito e débito, por exemplo, que fazem com que 65% dos documentos sejam integrados por via digital. Assim, estes mecanismos possibilitam aos fornecedores encurtar os processos, acelerar os prazos de pagamento, ter um maior controlo e rastreio sobre os documentos, reduzir os custos associados e diminuir a pegada de carbono.
Por outro lado, a empresa de comunicações tem soluções diferentes para os seus clientes, que passam pelo envio de PDFs a partir de uma notificação certificada, disponibilizando também a ligação eletrónica, a qual permitirá a consulta e exploração da área do cliente para mais informações. Estas medidas possibilitam que todos os meses, 1,2 milhões de clientes, cerca de 75%, recebam a sua fatura eletrónica. Transformando estes valores em números anuais, conclui-se que mais de 15 milhões de documentos/ano são emitidos eletronicamente.
No que respeita ao segmento corporate e administração pública, a NOS apresenta uma solução desenvolvida pela Saphety, que passa pela integração direta dos documentos nos programas de gestão, avançando posteriormente para o processo de aprovação.
Contudo, e apesar da redução dos custos ser uma razão muito importante para a aposta na transformação digital, para o Head of Billing & Payments da empresa NOS, a relação com o cliente sai bastante melhorada. Segundo Joaquim José Costa, a desmaterialização dos diferentes tipos de processos melhoram a relação com o cliente. Termos como transparência, clareza, controlo, autonomia, tão relevantes para os seus clientes, saem reforçados com este tipo de mecanismos.
No que diz respeito a projetos relacionados com a faturação eletrónica, a empresa de comunicações implementou três grandes processos.
– O primeiro a ser destacado foi a iniciativa “paperless”, destinada ao segmento residencial e PMEs (pequenas e médias empresas), que começou em 2019 e que passa por reforçar a implementação da fatura eletrónica;
– Outra medida foi o lançamento da área do cliente e da aplicação móvel da NOS, onde são disponibilizadas várias funções que permitem ao cliente ser mais autónomo e resolver questões que, anteriormente, teriam de ser por canal assistido;
– Por fim, na área da contratação pública, em conjunto com a Saphety e a eSPap (Entidade de Serviços Partilhados da Administração Pública), a NOS levou a cabo nos últimos três anos um projeto que permitiu antecipar um conjunto de desafios, entretanto, tornados obrigatórios por lei. Ou seja, para Joaquim José Costa, esta cooperação permitiu uma melhor preparação na entrega das faturas aos serviços de contratação pública, que, em 2021, representam cerca de um terço dos clientes.
Por conseguinte, para o Head of Billing & Payments da empresa NOS, as novas disposições legais serão uma alavancagem para a transformação digital, assim como a pandemia causada pela COVID-19, que acelerou bastante o processo. Para a continuidade desta mudança, os objetivos passam por apostar nos meios digitais, na robotização em áreas de backoffice e na implementação de modelos analíticos, de forma a perceber o grau de satisfação da experiência do cliente.