A Saphety realiza, em parceria com a IDC, um ciclo de webinars dedicados à faturação eletrónica em diferentes indústrias e conta com a presença de diferentes operadores de referência nos vários setores de atividade, como o healthcare.
Esta iniciativa visa estimular a troca de experiências no processo de transformação digital nas diferentes organizações e o impacto da faturação eletrónica, desde o início, até agora.
Na primeira edição, dedicada ao setor da saúde e healthcare, foram entrevistados operadores de referência do setor, numa área que assistiu, nos últimos 5 anos, a diversas implementações, faturação eletrónica em mais de 100 hospitais e 30 centros hospitalares, envolvendo mais de 50 fornecedores, que transformou, em pouco tempo, a forma como as entidades do setor se relacionam entre si.
Geralmente, a digitalização neste setor implica, para além da faturação, a desmaterialização das encomendas, guias de remessa e sincronização de códigos de produto e controlo da receção de bens por parte das entidades compradoras.
Tudo faz parte da estratégia global do Estado para a redução de custos das entidades públicas e o controlo da despesa pública.
Foram entrevistados nomes de referência na área da saúde e healthcare. Nuno Loureiro representou o Centro Hospitalar e Universitário Lisboa-Norte, que integra os hospitais de Santa Maria e Pulido Valente.
Para além da prestação direta de cuidados de saúde e de formação, o Centro Hospitalar Lisboa-Norte tem também a missão de inovação, desenvolvimento científico e investigação, com o entrevistado a integrar, também, o grupo de trabalho do ministério da saúde, que implementou a metodologia para a elaboração de relatórios de sustentabilidade.
Sendo um setor bastante complexo, Nuno Loureiro foi questionado sobre qual o volume de faturas recebidas pelo Centro Hospitalar, tendo referido ser uma média de 2200 faturas mensais, o que faz com que estas metodologias de redução de papel sejam bastante significativas.
No que toca ao balanço sobre o projeto da faturação eletrónica, Nuno Loureiro considerou-o muito positivo tendo referido que, apesar de terem iniciado a ideia em 2013, apenas em 2017 conseguiram, em conjunto com a Saphety, implementá-la, graças também a um projeto financiado pela União Europeia.
Sobre quais os objetivos para a implementação da faturação eletrónica, o entrevistado acrescentou que o foco se centrava nas poupanças e desmaterialização dos processos, libertando recursos para áreas de valor acrescentado.
Nuno Loureiro afirmou que pretende que recursos dedicados à receção de medicamentos, por exemplo, passem para áreas de valor acrescentado, traduzindo-se assim numa poupança e numa gestão de recursos mais eficiente.
No entanto, existem obstáculos, os quais estão relacionados com o facto de se considerar apenas o custo e não o investimento, a resistência à mudança e conseguir que os parceiros entendam que é vantajoso aderir a este género de iniciativas.
A Saphety é um parceiro importante pela segurança, proximidade e know-how, que oferece tranquilidade à instituição.
Apesar de vivermos num contexto especial de pandemia, na prática, esta não alterou de forma significativa a faturação eletrónica, no entanto, veio reforçar a importância de a colocar em prática.
Sobre a nova legislação, o entrevistado afirmou que ainda estão numa fase de observação para tentar perceber como podem cumprir a lei na prática. No entanto, tratando-se de um hospital público, a faturação é maioritariamente de fornecedores divididos em dois grupos: fornecedores habituais de dispositivos e fármacos e prestadores de serviços.
Quanto ao primeiro grupo, encontram-se numa fase de alinhamento de catálogos entre fornecedores e Centro Hospitalar. Já no segundo, estão numa fase de sensibilização para adotarem uma plataforma onde possam colocar a fatura e que, posteriormente, esta possa ser integrada com o sistema do Centro Hospitalar.
Nuno Loureiro afirmou que este é um processo muito complexo e que ter a Saphety como parceiro tem sido fundamental. Acrescentou, também, que o futuro passará por continuar a olhar para os processos internos e de que forma podem ser otimizados. O entrevistado deu o exemplo prático de que se conseguirem eliminar só o papel da logística, conseguem comprar anualmente mais 23 pacemakers.
Em conclusão, este é um processo difícil, onde é necessário ser-se resiliente, mas é um processo importante, nomeadamente por se tratar de dinheiros públicos.